Informática na Educação Infantil

                          

Vivemos em um tempo no qual os recursos tecnológicos estão cada vez mais presentes nos segmentos que permeiam a vida do ser humano. Na educação não é diferente, os recursos tecnológicos estão invadindo o espaço institucional graças à acessibilidade ao computador. Com a chegada do computador na escola surge a preocupação de como a informática está sendo inserida na Educação Infantil. Para GALLO é preciso verificar se ao serem implantados tais equipamentos, isso se dá por força de políticas de incentivo, financiamentos, abertura de mercados e “enxurradas” de campanhas de marketing ou se, pelo contrário de fato se conseguiu adequá-los a necessidade de desenvolvimento da criança e aos objetivos propostos pela unidade escolar, através de seu projeto pedagógico, tornando parte integrante de uma educação moderna, desenvolvida sob um novo paradigma. (GALLO, p.1-2).
Algumas escolas são vistas como empresas que visam lucros, estas vêm nesse novo recurso mais uma forma de chamar a atenção de seus “clientes”, fazendo da informática um jogo de marketing, não desenvolvendo a informática para ampliar suas metodologias de ensino e o conhecimento de seus alunos. GALLO expõe que a tecnologia veio como avanço definitivo para a humanidade e sua utilização deve ser incorporada para auxiliar o processo educativo. (GALLO, p.1). Ou seja, o computador deve ser visto como um recurso a mais para o professor sendo um facilitador no processo ensino-aprendizagem.
A implantação desse recurso tecnológico chama a atenção de estudiosos que apoiam e criticam essa nova ferramenta didático-pedagógica. Nelson Pretto, citado por GALLO, reconhece que a informática e as tecnologias são partes integrantes do mundo atual. Alerta para uma nova forma de analfabetismo: o analfabeto das imagens; ou seja, aquele que não sabe ler e se utilizar das imagens geradas pelos meios eletrônicos de comunicação. Mas Pretto reconhece que não basta introduzir os equipamentos em sala de aula para resolver a questão, é preciso repensar em outros termos onde o computador por exemplo, não seja visto apenas como recurso pedagógico, mas como um novo elemento integrado à educação. (GALLO).
Valdemar Setzer, também citado por Gallo, critica o uso de computador em sala de aula em diversos artigos e publicações. Para ele o uso da informática na educação Infantil é prejudicial para crianças impedido um crescimento saudável. Na sua opinião a máquina desenvolve um tipo de linguagem lógica simbólica, um pensamento matemático restrito que força o pensamento da criança para este tipo de construção, o qual seria inadequado para essa fase do desenvolvimento do ser humano.
O uso da informática e dos recursos tecnológicos na Educação Infantil pode ser positivo desde que o educador tenha clareza dos objetivos esperados. È necessário que este profissional respeite o tempo dos alunos e descubram juntos uma maneira prazerosa de lidar com a informática na escola. Se faz necessário principalmente que o professor sempre se atualize em relação ao “mundo virtual” através de pesquisas, cursos e etc. Para não deixar que o computador sirva apenas para aprisionar e tornar nossas crianças ainda mais sedentárias e apáticas, é preciso que ele seja visto apenas como uma etapa de trabalho e não como um diferencial no currículo escolar.

REFERÊNCIA

GALLO, Simone Andrea D'Ávilla. Informática na Educação Infantil: tesouro ou ouro de tolo?. Marília: Unesp.