TEXTOS

O prazer de Aprender com a Informática na Educação Infantil




Embora tenha nascido para fazer os cálculos de guerra e para atender as necessidades das indústrias, hoje a informática evoluiu e foi apropriada para outros setores da economia. Essa revolução certamente não deixou de afetar a educação. Diariamente, deparamo-nos com jornais, revistas ou livros que apresentam através de quadros, tabelas, relatos e gráficos as transformações que a tecnologia vem fazendo na educação.
Entre as novas tecnologias, o computador ocupa um lugar de destaque pelo poder de processamento de informação que possui. Neste contexto, o computador não pode ser visto como “modismo”, mas como uma ferramenta que poderá contribuir no processo da aprendizagem. Dentro desta perspectiva, a formação dos educadores deve favorecer uma reflexão sobre a relação entre teoria e prática e proporcionar a experimentação de novas alternativas pedagógicas. Isso não significa jogar fora as velhas práticas, mas sim, apropriar-se das novas, dando significado, promovendo a transformação necessária.
O uso da informática pelas escolas cresce a cada dia, tanto na área administrativa quanto na área pedagógica. Seu uso adequado oportuniza o desenvolvimento e a organização na construção do pensamento, bem como, desperta o interesse e a curiosidade dos alunos, elementos fundamentais para a construção do conhecimento.
Para que a educação utilize a informática de maneira qualitativa é imprescindível que se articule quatro aspectos: o computador, o software educativo, o professor e o aluno.

O computador

A utilização do computador na educação pode acontecer de duas maneiras. Uma é fazer aquilo que o professor faz tradicionalmente, ou seja, passar a informação para o aluno. Aqui encontramos uma concepção de aprendizagem behaviorista, em que a aplicação pedagógica do computador é usada como uma máquina de ensinar. Assim o computador é quem ensina o aluno, e, portanto assume o papel de máquina de ensinar, ao invés de papel ou livro, é usado o computador. Outra e usá-lo como um instrumento que auxilia na construção do conhecimento e, portanto, ser um recurso com o qual o aluno possa criar, pensar e manipular a informação. Dessa forma iremos encontrar uma concepção construtivista, em que o conhecimento não é transmitido. Ele é construído progressivamente por meio de ações que se transformam. Nesse caso o computador pode ser visto como uma ferramenta pedagógica para criar um ambiente interativo que proporcione ao aluno, investigar, levantar hipóteses, pesquisar, criar e assim construir seu próprio conhecimento.
Basicamente, as autoras consideram sete aspectos importantes no computador:
1. Dispõe suas informações de forma clara, objetiva e lógica, facilitando a autonomia do usuário, favorecendo a exploração espontânea.
2. Exige também que o usuário tenha consciência do que quer, se organize e informe de modo ordenado o que quer fazer, digitando corretamente.
3. Dá um retorno extremamente rápido e objetivo do processo em construção, favorecendo a autocorreção, a inserção da “desordem” na ordem global.
4. Trabalha com uma disposição espacial das informações, que pode ser controlada continuamente pela criança através de seu campo perceptivo visual, apoiando o raciocínio lógico.
5. Trabalha com imagens e textos de forma combinada, ativando os dois hemisférios cerebrais.
6. Através de recursos de multimídia, pode combinar imagens pictóricas ou gráficas, numa infinidade de cores e formas, com sons verbais e/ou musicais, com movimentos, criando uma verdadeira trama de combinações possíveis, integrando a percepção, em suas múltiplas formas, ao raciocínio e à imaginação, de forma fluente, pessoal e cheia de vida.
7. O computador também é apontado como um facilitador do desenvolvimento natural da expressão simbólica da criança no uso de caracteres gráficos, fator importante tanto na fase da alfabetização, quanto no desenvolvimento posterior do processo da leitura e da escrita.
Assim o computador pode ser um aliado no processo educativo dos alunos. Ele pode se tornar um catalisador de mudanças, contribuindo com uma nova forma de aprender. Por meio dele, cria-se a possibilidade do aluno aprender “brincando”, construindo seu próprio conhecimento, sem ser punido por seus erros.

O software educativo

Os softwares educacionais vêm entrando no mercado mundial de forma muito acelerada. Inúmeros países como Inglaterra, França e EUA e o Brasil, desenvolveram projetos de uso do microcomputador em educação e, conseqüentemente necessitaram desenvolver produtos de software específicos para suas necessidades.
Os softwares devem oportunizar uma maior interação entre o aluno, o professor e o ambiente de aprendizagem.
Pode-se afirmar que o sucesso de um software depende não apenas da forma como foi concebido, mas principalmente pelo modo de utilização do professor. A escolha de um software é associada à proposta pedagógica do professor. Parafraseando Sette et al. (1999, p.26) almeja-se que um software apresente as seguintes características:
• Explore a criatividade, a iniciativa e a interatividade, propiciando ao aluno a postura ativa diante da máquina e do sistema;
• Desperte a curiosidade;
• Incentive o trabalho cooperativo e interdisciplinar;
• Estimule ou não a competitividade (de acordo com a linha pedagógica adotada) nas diversas dimensões (com relação aos colegas, ao computador, a si próprio etc.);
• Estimule a reflexão, o raciocínio, a compreensão de conceitos;
• Ressalte a importância do processo em vez do resultado obtido (ganhar ou perder, certo ou errado);
• Encoraje o alcance dos objetivos propostos, evitando-se as tentativas irrefletidas sobre o processo e levando-se em consideração a dimensão tempo;
• Provoque mudanças desejáveis no processo ensino/aprendizagem;
• Propicie a construção do conhecimento;
• Contemple aspectos de linguagem (faixa etária, gênero, ambiente...);
• Considere aspectos socioculturais, éticos, pedagógicos etc.;
• Estimule o aluno a propor e resolver problemas.
Desta forma o uso adequado do software oportuniza o desenvolvimento e a organização do pensamento, bem como, desperta o interesse e a curiosidade, dos alunos aspectos fundamentais para a construção do conhecimento.


O Professor

Muitos educadores estão preocupados com a substituição do professor pela máquina. Isto não é real, pois antes da tecnologia vem a metodologia, a filosofia educacional que da direção a escola, e o papel do professor é fundamental neste processo. Porém ele deixa de ser o centro das atenções e passa a assumir a função de mediador nas atividades desenvolvidas. A escola que pretende fazer o aluno pensar, estimular as suas capacidades, criar oportunidades de utilizar os seus talentos, respeitando os diversos modos de aprender, não precisa mais do professor que decide o que deve ser aprendido e ensinado. Precisa, sim, do professor parceiro, aprendiz, que, junto com seus alunos, pesquisa, debate e descobre o novo. A verdadeira função do professor não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem.
A formação do professor precisa ser encarada como um processo permanente. As escolas que hoje estão formando os novos educadores necessitam ter como objetivo formar um cidadão que esteja preparado para trabalhar no mundo atual, que seja crítico, tenha condições de criar e principalmente, de se auto-desenvolver.

O Aluno

O papel do aluno é utilizar o computador como uma ferramenta que contribui para o seu desenvolvimento no momento atual e no futuro. O aluno deixa de ser passivo para se tornar ativo no seu processo ensino aprendizagem. Ele passa a desenvolver competências e habilidades, como ter autonomia, pensar, criar, aprender e pesquisar.

Como vimos, o computador é um recurso que as crianças gostam, entretanto, é necessário acompanhar o seu uso criticamente, para que se evitem os exageros e prejuízos à sua formação. O computador não pode substituir as brincadeiras como: a boneca, o carrinho, o futebol, o esconde-esconde, o faz de conta, e outras brincadeiras essenciais para uma vida saudável. A informática deve ser utilizada como uma interação entre o aluno, o professor e o conteúdo programático.

Referência

MATTEI, Claudinéia; RAUSCH, Rita Buzzi. O prazer de aprender com a informática na Educação Infantil. Curso de especialização em Psicopedagogia, ICPG. Disponível em: http://www.icpg.com.br/artigos/rev02-11.pdf. Acesso em: 24 de Out de 2010.
____________________________________________________________________________

Um guia sobre o uso de tecnologias em sala de aula



Amanda Polato


 Cada vez mais se torna “impossível” imaginar a vida sem essas letrinhas TICs, tecnologias da informação e comunicação. Nos professores, a disseminação de computadores, internet, etc., provocam reações variadas enquanto uns aprovam outros reprovam o uso das tecnologias em sala de aula. Com isso, a relação entre a tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa.
     O interessante é saber aliar a tecnologia e a informação ao conhecimento, levando a tecnologia para a classe se a mesma estiver a serviço dos conteúdos, agindo como um complemento para a aprendizagem significativa dos alunos. “Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas,” afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica da Nova Escola. Neste momento a autora nos sugere nove dicas muito interessantes para usar bem a tecnologia como aliada para uma boa educação:O INÍCIO se você utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.
     O CURRÍCULO no planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas. O FUNDAMENTAL é familiarizar-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.
     O ESPECÍFICO antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula. A AMPLIAÇÃO para avançar no uso das TICs, cursos como os oferecidos pelo Programa de Inclusão Digital do MEC são boas opções. O AUTODIDATISMO a internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.
     A RESPONSABILIDADE ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica. A SEGURANÇA discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura. A PARCERIA em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos.
     A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.
     O professor seguindo essas dicas descritas acima sugeridas pela autora, irá ter nas TICs verdadeiros aliados para um aprendizado significativo tanto para os alunos quanto para os professores.
Veja a reportagem na íntegra pelo site:
http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/233_materiacapa_abre.shtml
_________________________________________________________________________________





                                                            O uso do Computador na Educação:
                                                                        a Informática Educativa
Sinara Socorro Duarte Rocha

Nos dias de hoje, tornou-se trivial o comentário de que a tecnologia está presente em todos os lugares, o que certamente seria um exagero. Entretanto, não se pode negar que a informática, de forma mais ou menos agressiva, tem intensificado a sua presença em nossas vidas. Gradualmente, o computador vai tornando-se um aparelho corriqueiro em nosso meio social. Paulatinamente, todas as áreas vão fazendo uso deste instrumento e fatalmente todos terão de aprender a conviver com essas máquinas na vida pessoal assim como também na vida profissional. Na educação não seria diferente. A manipulação dos computadores, tratamento, armazenamento e processamento dos dados estão relacionados com a idéia de informática. O termo informática vem da aglutinação dos vocábulos informação + automática. Buscando um sentido léxico, pode-se dizer que Informática é: “conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao tratamento racional e automático de informação (armazenamento, análise, organização e transmissão), o qual se encontra associado à utilização de computadores e respectivos programas.” (LUFT, 2006:365).
Através da Internet, é possível ignorar o espaço físico, conhecer e conversar com pessoas sem sair de casa, digitar textos com imagens em movimento (gifs), inserir sons, ver fotos, desenhos, ao mesmo tempo em que podemos ouvir música, assistir vídeos, fazer compras, estreitar relacionamentos em comunidades virtuais, participar de bate-papos (chats), consultar o extrato bancário, pagar contas, ler as últimas notícias em tempo real, enfim, trabalho e lazer se confundem no cyberespaço.
Embora seja um instrumento fabuloso devido a sua grande capacidade de armazenamento de dados e a facilidade na sua manipulação não se pode esquecer que este equipamento não foi desenvolvido com fins pedagógicos, e por isso é importante que se lance sobre o mesmo um olhar crítico e se busque, face às teorias e práticas pedagógicas, o bom uso desse recurso. O mesmo só será uma excelente ferramenta, se houver a consciência de que possibilitará mais rapidamente o acesso ao conhecimento e não, somente, utilizado como uma máquina de escrever, de entretenimento, de armazenagem de dados. Urge usá-lo como tecnologia a favor de uma educação mais dinâmica, como auxiliadora de professores e alunos, para uma aprendizagem mais consistente, não perdendo de vista que o computador deve ter um uso adequado e significativo, pois Informática Educativa nada tem a ver com aulas de computação.
Deste modo, ao invés de aprender a utilizar este novo aparato tecnológico em prol de aprendizagem significativa e do acesso universal ao conhecimento, os alunos eram e ainda são “adestrados” no uso da mais nova tecnologia computacional, em aulas descontextualizadas, sem nenhum vínculo com as demais disciplinas e sem nenhuma concepção pedagógica.
Na mesma linha de raciocínio, proliferam em todo país, escolas especializadas no ensino de Informática, na qual o uso da máquina é o principal objeto de estudo, ou seja, o aluno adquire conceitos computacionais, como princípios de funcionamento do computador, noções de hardware e software, além de uso sociais da Tecnologia de Informação e Comunicação – TICs.
Entretanto, a maior parte dos cursos oferecidos nessa modalidade podem ser caracterizados como tecnicistas, ou seja, de conscientização do estudante para o uso da informática enquanto técnica, habilitando-o somente para utilizar o equipamento, em nome de uma pseudo-educação profissional que visa somente a formação tecnológica, em detrimento da educação cidadã.
_______________________________________________________________________________




Informática na Educação Infantil


Vivemos em um tempo no qual os recursos tecnológicos estão cada vez mais presentes nos segmentos que permeiam a vida do ser humano. Na educação não é diferente, os recursos tecnológicos estão invadindo o espaço institucional graças à acessibilidade ao computador. Com a chegada do computador na escola surge a preocupação de como a informática está sendo inserida na Educação Infantil. Para GALLO é preciso verificar se ao serem implantados tais equipamentos, isso se dá por força de políticas de incentivo, financiamentos, abertura de mercados e “enxurradas” de campanhas de marketing ou se, pelo contrário de fato se conseguiu adequá-los a necessidade de desenvolvimento da criança e aos objetivos propostos pela unidade escolar, através de seu projeto pedagógico, tornando parte integrante de uma educação moderna, desenvolvida sob um novo paradigma. (GALLO, p.1-2).
Algumas escolas são vistas como empresas que visam lucros, estas vêm nesse novo recurso mais uma forma de chamar a atenção de seus “clientes”, fazendo da informática um jogo de marketing, não desenvolvendo a informática para ampliar suas metodologias de ensino e o conhecimento de seus alunos. GALLO expõe que a tecnologia veio como avanço definitivo para a humanidade e sua utilização deve ser incorporada para auxiliar o processo educativo. (GALLO, p.1). Ou seja, o computador deve ser visto como um recurso a mais para o professor sendo um facilitador no processo ensino-aprendizagem.
A implantação desse recurso tecnológico chama a atenção de estudiosos que apoiam e criticam essa nova ferramenta didático-pedagógica. Nelson Pretto, citado por GALLO, reconhece que a informática e as tecnologias são partes integrantes do mundo atual. Alerta para uma nova forma de analfabetismo: o analfabeto das imagens; ou seja, aquele que não sabe ler e se utilizar das imagens geradas pelos meios eletrônicos de comunicação. Mas Pretto reconhece que não basta introduzir os equipamentos em sala de aula para resolver a questão, é preciso repensar em outros termos onde o computador por exemplo, não seja visto apenas como recurso pedagógico, mas como um novo elemento integrado à educação. (GALLO).
Valdemar Setzer, também citado por Gallo, critica o uso de computador em sala de aula em diversos artigos e publicações. Para ele o uso da informática na educação Infantil é prejudicial para crianças impedido um crescimento saudável. Na sua opinião a máquina desenvolve um tipo de linguagem lógica simbólica, um pensamento matemático restrito que força o pensamento da criança para este tipo de construção, o qual seria inadequado para essa fase do desenvolvimento do ser humano.
O uso da informática e dos recursos tecnológicos na Educação Infantil pode ser positivo desde que o educador tenha clareza dos objetivos esperados. È necessário que este profissional respeite o tempo dos alunos e descubram juntos uma maneira prazerosa de lidar com a informática na escola. Se faz necessário principalmente que o professor sempre se atualize em relação ao “mundo virtual” através de pesquisas, cursos e etc. Para não deixar que o computador sirva apenas para aprisionar e tornar nossas crianças ainda mais sedentárias e apáticas, é preciso que ele seja visto apenas como uma etapa de trabalho e não como um diferencial no currículo escolar.

REFERÊNCIA

GALLO, Simone Andrea D'Ávilla. Informática na Educação Infantil: tesouro ou ouro de tolo?. Marília: Unesp.
____________________________________________________________________________
LIVRO: PLANEJAMENTO DE ENSINO E AVALIAÇÃO
Capítulo IV – CONTEÚDOS


A seleção dos conteúdos abordados em cada ciclo da educação básica é um dos problemas mais frequentes que p professor encontra ao alaborar seu planejamento.
Antigamente, há alguns anos atrás, o professor encontrava nos programas oficiais as informações completas a serem estudados pelos alunos, servindo como fonte de conhecimento. A qualidade da aprendizagem não importava e sim a necessidade de se “esgotar” a matéria.
Nos dias de hoje a ênfase está colocada nos conteúdos, passando a situar-se nos objetivos a serem alcançados.
Os conteúdos são um meio para a concretização da aprendizagem, envolvendo basicamente o desenvolvimento de processos mentais, e tratamento de informação, assim há uma grande liberdade de ação.
Essa liberdade acarreta uma responsabilidade do professor na montagem dos conteúdos. Cabe ao professor decidir a qualidade e a quantidade de informação que serão trabalhados com os alunos. Esse tratamento dispensado pelo professor indica o seu grau de atualização, criatividade, iniciativa e sistematização.
Para a elaboração dos conteúdos é necessária que o professor conheça o assunto e o grupo de alunos com quem trabalhar.
Este roteiro elaborado pelo professor concorrerá para a aceitação da disciplina pelo alunos; satisfação profissional e; concretização dos mais altos objetivos do planejamento.
 
Conteúdos são fatores importantes para a sistematização do professor
Alguns autores vêem os conteúdos como: “a organização do conhecimento em si, sobre a base de suas próprias regras internas de unidade.”
Para outros: “são experiências educativas, no campo do conhecimento, devidamente selecionados e organizados pela escola.”
Assim, os conteúdos são:
üParte integrante da matéria-prima;
üInformações, dados, princípios acumulados pela experiência do homem;
üObjetivos fixados;
üContribuintes para elevação do nível cultural dos alunos.
Portanto, os conteúdos devem estar atualizados de acordo com as necessidades vitais de quem aprende, sendo um dos meios de favorecer o desenvolvimento integral do aluno e um conhecimento de dados, fatos e conceitos, que conduz à compreensão e retenção de informações.
 
Está ligada a fatos da realidade da época em questão, por isso deve estar atentos para que os conteúdos sejam:
ü os mais significativos dentro do campo de conhecimento;
üOs que despertem maior interesse dos estudantes;
Os mais sujeita à incorporação de novas percepções e descobertas, à reformulação de itens, comprovadamente experimentados e à supressão de idéias consideradas ultrapassadas pelo avanço do conhecimento.
A disciplina estabelece uma relação entre as diversas disciplinas e a realidade, considerando quais são essenciais à aprendizagem, quais deverão ser trabalhados como complemento e a ordem de trabalho para tornar a aprendizagem mais eficaz. A natureza de uma disciplina pode ser teórica (física) ou prática (pedagógica), sendo que a prática tem origem na teórica.
üadequados ao nível de maturidade e adiantamento do aluno;
üOs mais úteis em relação a resoluções que o aluno tenha que tomar;
üOs que podem ser prendidos dentro das limitações de tempo e recursos disponíveis.
Estrutura da Disciplina
podia ser chamada de área de conhecimento ou matéria de ensino;
a estrutura refere-se a apreensão da estrutura básica de uma disciplina, e deve ser incorporada e elaborada pelos alunos num processo que os leve a uma maturidade psicossocial. A apreensão da estrutura básica de uma disciplina possibilita, entre outros: a visão globalizada da mesma; o acesso às idéias mais importantes de tal campo do conhecimento; a rigorosa sistematização na apresentação das idéias principais; fácil atualização dos conhecimentos e a aplicação da aprendizagem em outros campos correlatos.
A estrutura de uma disciplina está constantemente
 

Referência: ENRICONE, Délcia; SANT'ANNA, Flávia Maria; ANDRE, Lenir Cancella; TURRA, Clódia Maria Godoy. Planejamento de Ensino e Avaliação. Porto Alegre, 10ª Edição, 1975